No ano de 212 a.C., após um cerco de dois anos à cidade de Siracusa, na Magna Grécia, atual Sicília, esta foi capturada pelas legiões romanas. Quando a casa de Arquimedes – que com seus engenhos ópticos e mecânicos retardou ao máximo a queda da cidade – foi invadida pelos romanos, ele estava no quintal desenhando na areia suas figuras e estudos geométricos, quando um dos soldados pisou sobre os mesmos. Noli tangere circulos meos (não toque em meus desenhos), exclamou Arquimedes em seu precário latim, sendo imediatamente morto por uma lança, que destruiu fisicamente este velho filósofo e matemático. Mas não conseguiu eliminar o seu acervo intelectual, que, atravessando os séculos, chegou até nós.







Neste blog republicaremos também artigos da minha coluna semanal BRASILIANA, do jornal MONTBLÄAT editado por FRITZ UTZERI.




sexta-feira, 28 de março de 2014

A Corneta do Poder

Se Miranda fosse vivo, já estaria estrilando.  Espumando.

A Dita Dura:
Ele conhecia tudo – de válvulas eletrônicas a radares.  Não era à toa que trabalhava como técnico civil da Aeronáutica há tantos anos.  Acabou convocado, junto com dois coronéis, para a comissão de seleção técnica do radar a ser instalado no aeroporto de Brasília.
Não somos palhaços, declarou Miranda, com a discreta aquiescência dos coronéis.  Se vocês querem o único radar que não serve, para que a comissão?  Onde já se viu um radar para navios em um aeroporto?
Miranda estragou a solenidade do Brigadeiro e ofendeu os vendedores de radares.
Os coronéis saíram presos.  A Miranda, preferiram calar-lhe a língua, transferindo-o para a chefia do depósito de sucatas em Jacareacanga.

A Senadora:
Quatro anos defendendo o indefensável.  Rasgando a ética e as leis.  Solidariedade política é assim.  Mas o povinho safado não a reelegeu.  Se não tivesse um considerável pé de meia, diríamos que ficou com uma mão na frente, outra atrás.  Mas acabou presenteada com um ministério faz-de-conta: "Você será poderosa.  Distribuirá verbas, favores e até fervores.  Quem sabe não arranjará namorado?"

O Corneteiro:
Assim, a leal companheira arranjou um sargento corneteiro do Exército.  Mas, quem toca pra senadora, tem que ter prestígio governamental, institucional.  E lá foi o corneteiro, nomeado para escolher o sistema de defesa antiaéreo brasileiro.

A Comissão:
Após duas semanas na Rússia, comendo caviar e muita vodca para espantar o frio, proferiram o resultado.  Desta vez não foram unânimes. O corneteiro escolheu o foguete Pantsir-S1, três vezes mais caro do que os modelos escolhidos pelos demais membros da comissão, o que foi de grande agrado do Ministro da Defesa, em nome dos bons negócios neste mundo capitalista reverso.


Posfácio:
Afinal, corneta de senadora fala mais alto.
Manda quem pode, obedece quem tem juízo.
E não me venham com histórias.  Aqui se trata de crônica perversamente literária, sem nenhuma relação com o real.
Que culpa teremos, se a realidade invade a imaginação ficcional?



Hoje, Dilma "promoveu" Ideli a "Secretária de  Direitos Humanos", para fazer exatamente o que sua antecessora, Maria do Rosário, fazia.  Ou seja, nada!  Apenas faturar dinheiro público.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Rio: Sob o Domínio do Mal

Quando esta turma será responsabilizada pelo estado de violência, tortura e morte imposto ao Rio de Janeiro para salvar as aparências de suas farsas eleitoreiras?


Farsas e Farsantes.  Até quando?

E ela, quando falará? 


Ler mais em: O RAP DA PRESIDENTA




segunda-feira, 17 de março de 2014

Cabral, Dilma e a Tortura

Para a “Presidenta”, o que interessa é o voto fácil.  Pode vir da corrupção, de criminosos, de desmatadores ou mesmo sujo de sangue, ainda fresquinho, como de seu aliado Sérgio Cabral.  O sangue secará e a “Nova Direita” sempre no poder, longe da Democracia, perto da Ditadura, ainda que hoje comemoremos os cinquenta anos do golpe de primeiro de abril de 1964.

Enquanto todos permanecem calados, apenas embolsando os lucros saqueados deste Brasil que sofre, no bairro de Madureira, Rio de Janeiro, a tragédia:

Cláudia da Silva Ferreira, de 38 anos, moradora no Morro da Congonha, em Madureira, no Subúrbio do Rio, saiu para comprar pão e foi atingida no rosto e nas costas por tiros.  Ainda viva, foi jogada no porta malas de um carro policial e depois arrastada, morrendo com o corpo descarnado e ossos aparentes.
Este é o cotidiano de milhões de pessoas nesta cidade, onde mais de mil comunidades são dominadas por criminosos.
Enquanto isto o Governador Sérgio Cabral e seu secretário Beltrame insistem na farsa das UPP’s com o apoio da imprensa marrom e de jornalistas como Zuenir Ventura.
Já está na hora do Ministério Público Federal investigar esta turma, inclusive suas conexões no governo Dilma, por esta política de estado baseada na tortura, violência e morte.


O silêncio da Secretária de Direitos Humanos, Maria do Rosário, é a marca da violência destas insensíveis mulheres do poder.